quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

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Aquela imigrante chinesa adaptou-se muito rapidamente à cultura portuguesa. Quando o filho mais novo fazia alguma travessura, dizia-lhe: «Vem cá que eu já te dou o arroz, malandrinho». Anos depois, e já completamente ocidentalizada, a imigrante chinesa começou até a comemorar o Natal católico com a família. Fazia um belo Presépio, escondia as prendas para os filhos na chaminé da sala e especializou-se na doçaria portuguesa tradicional da quadra: rabanadas, sonhos e bolo-rei. Um dia, enquanto fazia umas suculentas filhós, disse para a filha mais nova: «Passa aí a abóbora, menina». Mas o melhor exemplo da sua aculturação foi quando pediu ao marido: «Olha, podes ir ali à mercearia comprar açúcar, amarelo».

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